EXTREMIDADES DO VÍDEO


    Não pude deixar de notar o título do artigo da professora Christine Mello, "Extremidades do Vídeo: Novas Circunscrições do Vídeo", e criar teorias na minha cabeça, sobre a extremidade literal do vídeo, as suas fronteiras e onde a arte deve caber. Por tanto, me recordo de uma outra leitura, Saidiya Hartman em "Vênus em dois Atos", onde a autora fala sobre arquivos e como eles se mostram para o mundo, pelo ponto de vista de quem cria, ou melhor, daquele que se autoriza a contar a história. Claro que este texto é muito mais profundo do que o que vai ser comentado aqui, mas achei pertinente versar sobre o vídeo como um arquivo.
    Um filme, um clipe, uma gravação, são recortes de cenas. O que vemos como obra final, claramente, não é todo o processo, é apenas a história que queremos contar. Portanto, os vídeos performances seriam uma forma de alinhar o arquivo (intangível) com o repertório (tangível) e a partir daí quebrar as fronteiras do vídeo, como citado anteriormente.
    As projeções mapeadas que vimos em sala, são também, formas de unir as duas coisas e alcançar uma nova perspectiva da arte em vídeo, não que os vídeos por si só não possam gerar discussões para além da tela, mas brincar com essa possibilidade de dualidades é extremamente interessante, eu diria.
    A professora citou os "shadows puppets" e eu achei uma apresentação do Adam Hills maravilhosa, gostaria de compartilhar aqui.


Post de João Pedro Magalhães Macedo


Comentários

Postagens mais visitadas