GPS Drawing

Antes de iniciarmos a aula eu já estava bastante animado com as referências de texto e imagens enviadas pela professora. De alguma forma aquilo remeteu a minha infância, quando eu olhava para o céu e ficava durante horas imaginando o formato das nuvens. Era uma das minhas atividades infantis preferidas, de algum modo me sentia desvendando o mistério, os códigos e símbolos, comunicados pelo “universo” através das nuvens.Na última aula tive a mesma sensação. Olhar o mapa e imaginar uma infinidade de formas, desenhos e símbolos que podem ser compostas por suas “mal traçadas linhas”. Algo me fez pensar que, talvez, os desenhos geográficos urbanos e naturais também nos queiram comunicar algo, basta que estejamos atentos e abertos a entender e desenhar o seu significado.

Fazê-lo na prática já não é uma tarefa tão simples. Antes de começar, temos a impressão de que as linhas serão retas, como as do mapa, ledo engano. Elas são orgânicas e vacilantes, como as de quem está aprendendo a escrever e que não possui muita habilidade com o lápis na mão. Em algum momento tomamos consciência do nosso corpo, começamos a ver os traços que pareciam disformes e incompreensíveis ganhando forma, mesmo que não seja aquela que planejamos no início da atividade. No meu caso, a tentativa de um “L” se tornou uma perna vestida com uma meia velha (risos).



A experiência de desenhar com o próprio movimento e atividade física foi incrível e transcendente. Certamente experimentarei novamente.

Pedro Paulo Rodriguez Guisande Silva

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