Árida,
Produzido pela Aoca, o game Árida traz como protagonista uma mulher negra, nordestina. Poderia ser um clichê, porém a obra traz uma representatividade importante para o ambiente dos jogos, sem falar nas interações que trazem aprendizado sobre a vegetação e como sobreviver no regime de escassez do sertão do século 19.
Além dos ensinamentos das interações da personagem com a aridez do sertão vemos uma humanidade que carece em muitos games, Árida parece seguir pelo viés oposto ao da banalização das violências e adversidades que podem levar a morte, muito pelo relacionamento com o seu avô (tio João) e com os demais personagem assim como os animais, Árida traz também a fé com arma para vencer os obstáculos que insistem em atravessa-la.
Uma obra de beleza simples e verdadeira, o game também atrai pela qualidade do gráfico e designer empregado na paisagem e nos detalhes dos personagens, chego a sentir o bafo quente do sertão, o trincar da seca, o cheiro da fogueira e o silêncio de um lugar pouco povoado, os detalhes de luz e sombra são impressionantes pra quem já viveu no sertão ou próximo dele.
Uma belíssima obra que traz a potencialidade de uma obra digital trazer textura além das cores vivas que já conhecemos
Detalhes que já inicia na música e na paisagem com a personagem Cícera na mais perfeita paz de estar em casa, no seu sertão.
Por Paula Mendes Fonseca
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