DA GUERRA À ARTE

    Nas minhas pesquisas após a aula, achei um slide no site da Marinha do Brasil, que define Drone como: "qualquer sistema remotamente operado", já os VANTs são: "veículos aéreos não tripulados" que surgem no meio militar com o objetivo de apoiar os militares no reconhecimento, espionagem e ataques à outras nações, as vezes, envio de mensagens. O primeiro veículo aéreo não tripulado data de 1849, num ataque com explosivos à cidade de Veneza. Porém, foi apenas em 2006, mais de 150 anos depois, que a Federal Aviation Administration (Agência Federal de Aviação) emitiu a primeira licença comercial para drones, e a partir disso, nós começamos, aos poucos, a conhecer o que seria esse dispostivo.

    É interessante trazer esse contexto histórico para perceber que Danilo Umbelino e todos os outros produtores audiovisuais que são operadores de drone, fizeram da morte, vida. Se antes o contexto era caótico, de guerra, hoje é sistêmico, de produçãoes artísticas. Sabemos que os drones ainda continuam servindo em operações militares, hoje bem mais que antes, no entanto, essa perspectiva de transformar algo letal em uma ferramenta para se fazer cultura, por exemplo, é sensacional, diz muito da nossa utopia por um mundo melhor, e esse é só um exemplo.

    Seria interessante pensar em como poderiamos transformar outras coisas "ruins" em políticas benéficas para nós, penso que nem todas as armas foram pensadas em primeiro momento como armas de fato, mas descobertas em prol da nossa evolução, que homens corromperam em busca de soberania à outros povos.

    Por fim, voltando ao audiovisual, antes precisariamos de helicópteros e no mínimo duas pessoas para gravar uma cena do alto, além de combustível e todos os outros possíveis empecilhos financeiros ou estrurais do local da cena, como na cena final desse clipe do IRA! de 2020, ela poderia ser gravada, se não com um drone? Não é uma cena de cima para baixo, é uma cena no ar com a bailarina perto, onde a camera sai de dentro da casa. Acho que não daria certo com um helicóptero... Hoje, só precisamos de uma ideia na cabeça e um drone no ar.


Post de João Pedro Magalhães Macedo


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