esse tal de NFT

NFT Von Britney, Gustavo Von Ha, 2021.

Confesso que ainda sou muito receosa com essa história de NFT, principalmente, porque a comunidade artística, que acompanho nas redes sociais, não acha essa a melhor ferramenta para venda e expressão da arte. Além de ser uma plataforma altamente poluente, se questiona muito as intenções por trás disso.

Falta de limites éticos quanto a posse/revenda das obras; uso de obras de artistas que não autorizaram o uso destas como NFT, assim qualificando como roubo; entre outros casos, me fazem crer que essa é apenas mais uma forma de especulação financeira e lavagem de dinheiro. Essa comunidade artística, que citei acima, questiona muito o porquê quando a arte é vendida em NFT ela parece ser bem mais valorizada, do que quando ela é comercializada diretamente pelo artista, especialmente se a obra possui mais características de artesanato.   

Além disso, por ser uma plataforma descentralizada, eu acho muito arriscado e incerto algumas coisas, como, por exemplo, esse caso em que a plataforma simplesmente foi tirada do ar sem dar nenhuma satisfação ou dever alguma obrigação com seus investidores.

Porém, percebo que o modelo NFT vem se moldando desde que surgiu, transpassando do investimento para brinde e semelhantes, como no caso das Pulseiras do Rock in Rio que estão sendo dadas em formado de NFT e também como no caso do certificado de participação dado pela Lenara Verle, na "Oficina NFT HubMotionBR". Creio que é uma modelo muito recente e pouco falado e, por isso, me causa tanta desconfiança.

Por todos estes motivos, ainda não lancei nada como NFT como foi sugerido pela professora.

 

GIF/NFT  - “Von Britney” de Gustavo Von Há. Primeiro NFT a ser incorporado ao acervo de um museu brasileiro, o Museu de Arte Contemporânea da USP.


Post de Letícia Cezar.

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