As trilhas amazônicas pelo Rio Negro pelo Google Maps - Danielle Giron





Quando eu era pequena meu pai me dava revistas enormes, impressas, de notícias. Eu gostava de ler sobre os povos indígenas que vinham sendo descobertos. Isso foi nos anos 70. Meu pai andava pela Amazônia, contava muitas histórias dos povos que encontrou. 

Ele amava os Irmãos Villas Boas e o Rondom, tanto que colocou o nome do meu irmão Marcel Rondom...Foram eles (Rondom e Villas Boas) que fizeram os primeiros contatos com aqueles povos para construir a Transamazônica. Meu pai estava por lá. Não foi bom, a transamazônica cortou a floresta sem dó, levou dor e devastação e mais mortandade para a região. Hoje sei.

Sempre quis estar entre eles. Fantasiava que tinha nascido por lá e como seria minha vida se tivesse vivido em uma aldeia sem contato com nenhum ser humano branco.

Cresci fascinada pela região amazônica, mas o mais perto que cheguei foi visitar o Maranhão, o sul do estado, justamente Imperatriz, onde a mineração imperou por muitos anos.

Hoje passeio, silente, no globo. Espio de cá, sem interferir. Vejo a vida que eu um dia quis.


Achei essa reportagem do Google, sobre como foi para instalar as cameras por lá. Começando pela coleta das imagens em street view, que tiveram que ser adaptadas para os meandros do rio, para registrar as trilhas e comunidades.


Está nesse site aqui também (mais bonito)

Detalhe importante! As cameras do google foram deixadas com os residentes da área para que eles mesmos mostrassem o que quisessem.











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