DATA ART: NO LIMITE ENTRE A CIÊNCIA E A ARTE - by Danielle Giron
Organizar os dados para produzir conhecimento. Eis um desafio muito antigo. Acho que começa lá na fase rupestre, quando a humanidade passa a produzir representações gráficas dos seus hábitos... não sabemos se era uma forma de expressão individual. Muito provavelmente, não. Isso seria arte. E arte, como nós conhecemos é um conceito relativamente novo.
As sociedade pré-históricas eram coletivas. Então é mais possível que tais desenhos fossem mesmo uma forma de transmissão de conhecimento. Informação.
Back to the future...
A ciência - sapiência contemporânea - chegou até aqui onde estamos. O átomo é inteiramente só um conceito e, no entanto, é real. O ser humano tem dificuldade em absorver conceitos. Somos seres sensoriais, precisamos  tocar, cheirar, sentir e, principalmente, ver. Representamos o que vemos. O desenho do átomo é uma "metáfora visual" e, no entanto, assim o vemos:
Somos a sociedade da informação. Comunicamos o que sabemos. A sociedade se "informatizou", agora precisamos das máquinas porque a quantidade de dados a serem processados é imensa. E todos precisam ter acesso.
Formam-se redes, interconectadas, internet. Somos agora uma cadeia imensa de dados, queiramos ou não. Os dados, antes visualizados como seixos no leito de um rio seco, agora são como grãos de areia numa imensa duna. Não há como imagina-los senão valendo-nos de "auxílios mentais".
Para categorizá-los  precisamos de ferramentas que os simplifiquem, que os tornem "palatáveis" ao olhar. O designer da informação precisa saber apresenta-los desta forma: simples, contudo fiel ao conteúdo. Para isso precisa contar com a habilidade de organizar espacialmente os dados (datascape) e, entendendo a emoção humana, transforma-los em informação.
A ciência dos dados (datalogy) trabalha no campo das análises estatísticas, desenvolvendo estratégias para a análise de blocos de dados (datablock). Datablock, na verdade, é uma sequência de dados a serem transferidos como um todo, de uma unidade física de armazenamento (disco). Quanto mais informação, maior entendimento, maior a complexidade.
Não há como se entender o tamanho de uma galáxia apenas com a mentalização dessa informação.
Voltamos às representações. 
A Arte encontrou um campo rico para suas representações. A arte lida com a emoção humana e, sabemos, as emoções são grandes fixadores de memórias. 
Por meio de imagens impactantes, hoje conseguimos entender - se não dimensionar - a magnitude do sistema solar ou a igualmente infinita possibilidade de subdivisões da matéria até o átomo.
Para mim, um dos mais incríveis designers gráficos que conheci, através do componente Arte e Mundo Digital, foi o Santiago Ortiz, e seu site "moebius". Ali revi a obra de Júlio Cortázar, Rayuela, que tinha lido há anos. Pude ver no Moebius, a incursão da arte sobre a arte, com a visualização dos capítulos propositalmente desordenados do livro, que convidam o leitor a participar da autoria. Uma subversão incrível do Cortázar, com o auxílio do infográfico de Ortiz, proporcionando uma experiência visual d estética incrível:
Bom, para finalizar, fiz um infográfico com umas fotos antigas, minhas,  no CANVA. Coisa de principiante, só para exemplificar:
Até a próxima!
Sites consultados e/ou cujas imagens constam aqui:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universo_observ%C3%A1vel
https://www.istockphoto.com/br/vetor/os-planetas-do-sol-e-do-sistema-solar-infogr%C3%A1fico-vetorial-gm1198816269-342750869








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