Um dos meus textos anteriores leva o título de "EXTREMIDADES DO VÍDEO" e nele eu abordo um pouco "[...] sobre a extremidade literal do vídeo, as suas fronteiras e onde a arte deve caber" já que "O que vemos como obra final, claramente, não é todo o processo, é apenas a história que queremos contar". Aulas depois a professora aparece com os vídeos em 360º para quebrar minha teoria (ksksks), neste caso a extremidade literal deixa de existir, no entanto, ainda temos coisas ocultas e acho que na maioria das filmagens em 360 as pessoas realmente querem estar ocultas, pois o que importa é a paisagem, a beleza do espectador poder escolher o que quer ver e é nessa possibilidade de dirigir uma visão de uma filmagem já dirigida que eu venho indicar um canal de viagem.
https://www.youtube.com/@Role360
Natan e Amanda viajam o Brasil a fora e registram essas viagens em uma câmera que filma em 360, possibilitando que a gente (que não podemos ir) possa conhcer um pouco dos locais por onde eles passam, e claro, navegar com uma visão mais que periférica, logo, podemos ir a alguns lugares (e se tivermos um óculos VR ou improvisar fica ainda melhor) sem precisar sair de casa, mas o Google já não faz isso? Sim e Não, é algo semelhante a experiência do street view, mas sabemos que a viatura do google ainda não vai a todos lugares e não entra em restaurantes ou hoteis, então, para quem gosta de viagens, vale a pena acompanhar.
As filmagens em 360 é um pouco disso, dar a possibilidade de estar sem estar, brincar com a infinitude e criar coisas novas. Sei que estar, provavelmente, trata-se de uma experiência mais calorosa e interessante, mas e para aqueles que não podem? Durante a aula de streetview conhcemos um fotógrafo que tinha agorafobia, nesses casos ou em outros específicos temos a possibilidade de ir a show sem precisar usar nenhum tipo de transporte, imaginem as lives da pandemia com a possibilidade do 360. Para dialogar com outro texto meu, o que falava dos sensores, deixo aqui um show do coldplay visto da plateia em uma câmera 360, para mim, é surreal assistir isso, me sinto lá, de verdade.
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