Sensores e Arte - Juntos por um ARTIVISMO

Quando a palavra sensores me vem à mente, a primeira coisa que eu penso é em um complicado sistema de segurança de um banco ou de um museu, por qual alguém precisa atravessar para chegar ao local, e cujo dispositivo, caso acionado, estragaria todo o projeto, típico de filmes de ação.

 

Quem, por acaso, não se recorda da icônica cena em que a personagem de Tom Cruise, no filme Missão Impossível, precisa acessar um computador que se encontra em uma sala, cujos sensores instalados no solo detectariam a presença de qualquer pessoa no local e dispararia o alarme? Pois é, mas não é dessa aplicação dos sensores relacionados à arte que estamos falando.



 

Em nossa última aula, a professora Karla explorou conosco os diversos tipos de arte feitas através com sensores. Imagine ter um guarda-chuva cujos sensores instalados nele fizessem com que a cada gota de água o guarda-chuva emitisse um som? Muito legal né? Tudo isso somente é possível graças ao avanço tecnológico de sensores e das linguagens de programação.



Já pensaram como ficaria esta cena clássica de Gene Kelly com este guarda-chuva?



Vimos ainda que este tipo de arte pode ser desenvolvido em uma gama enorme de possibilidades, inclusive, como demonstrado através do Projeto Mudapé de 2016, idealizado por Rodrigo Paglieri, cujo objetivo foi levar consigo uma muda de pau-brasil durante o trajeto de 465km, entre o campus da UFRJ no Rio de Janeiro, até a cidade de Mariana. Contudo, a intervenção artística não se baseava somente no trajeto da planta e no seu replantio na cidade Mariana. Durante o percurso, 4 sensores instalados em uma mochila acoplada à muda fariam coleta das principais informações ambientais dos locais por onde ela passasse ao longo do seu trajeto até sua nova casa, além do registro das imagens feitos através de uma câmera 360º, cujo material foi utilizado para produção de um filme documental.






Sem sombra de dúvidas, a interação do artista com sensores amplia o seu campo de possibilidade de manifestações artísticas, principalmente quando engajadas em movimentos de preservação ecológica e que ultrapassam a bolha da manifestação artística para conscientizar a população afetada por ela sobre questões climáticas, ambientais e ecológicas, em geral.

 

E você, como faria um projeto artístico envolvendo sensores e a arte.

 

E O MEU PROJETO, QUAL SERIA?

 

Apesar de não ser artista, muito menos uma pessoa afeita a tecnologia, como vocês já puderam constatar em minhas publicações anteriores, eu tive uma ideai que, além dos sensores, utilizaria o vídeo mapping.

 

A minha ideia seria instalar sensores que captassem o nível de CO2 em trechos da mata atlântica ou da floresta amazônica. Escolheria uma avenida bastante arborizada na minha cidade, no caso de Salvador, eu escolheria o corredor da Vitória. Nela eu instalaria projeções em vídeo mapping para quando fosse detectado aumento do nível de CO2 ou a ocorrência de queimadas, automaticamente fossem projetadas nas árvores da Avenida imagens como se fossem elas que estivessem pegando fogo, além disso, alto falantes espalhados simulariam o barulho de uma queimada.

 

Além de realizar uma instalação artística, conscientizar a população das grandes cidades, que sempre vivem longe e alheias aos problemas ambientais acometidos em nossas matas e florestas, como seria a sensação de uma queimada caso ela ocorresse aqui, em nossas cidades, próximo aos nossos olhos.

 

Durante este curso tenho aprendido e refletido como a arte, quando utilizada com criatividade e aliada à tecnologia, tem o seu potencial amplificado, servindo como instrumento político e ativista de importantes pautas socioambientais.

 

Pedro Paulo Rodriguez Guisande Silva

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